A legitimidade política do novo governo é inquestionável. E há condições para que a legislatura não seja interrompida, graças à maioria parlamentar de direita e ao facto de o PS estar vinculado ao programa imposto pelo triunvirato.
A condição essencial para que o executivo tenha sucesso é contrariar os impulsos primários dos partidos políticos da coligação para que não resvalem apenas para medidas susceptíveis de garantir a reeleição em 2015. Podem e devem resistir à tentação, a prioridade é Portugal. Importa sim corrigir as finanças públicas e reestruturar a economia e o Estado.
A imposição de medidas drásticas ditadas pelos acordos celebrados com o intuito de reduzir e corrigir o défice, vão naturalmente provocar convulsões sociais gravíssimas. O novo governo deverá estar preparado na antevisão de soluções, tendo consciência de que estas nunca anularão na totalidade a sua falta de popularidade. Por isso a escolha para a pasta da administração interna terá de acertada e concertada, pois este será o rosto da luta contra a contestação do que nos espera.
O ajustamento exigido ao país é o maior dos 37 anos de existência da democracia portuguesa. Assistimos entre 2008 e 2011 a um recuar do PIB em 5,2%, não existindo registo de uma situação como esta desde o 25 de Abril.
Evitar a todo o custo a implosão social deverá ser uma prioridade, mesmo sabendo que os eleitores escolheram em consciência o caminho mais difícil, depois de terem escolhido o caminho mais fácil em 2009 com a reeleição do José Sócrates que nos encaminhou para a actual situação.
Apesar de sermos um povo, por tradição, de brandos costumes temos de saber canalizar o nosso descontentamento de uma forma inteligente não dando nada como adquirido, ter sempre presentes as dificuldades envolvidas não as menosprezando e acercando-nos de um optimismo atento e consciente.
Os indivíduos quando confrontados com situações inesperadas tendem a reagir de uma forma desordenada, com atitudes improvisadas que em vez de contribuírem para o sucesso acabam por precipitar o provável insucesso.
Foi nos dada uma última oportunidade, a experiência mostra-nos que não podemos voltar a arriscar tudo na esperança que a “sorte” se repita.
A condição essencial para que o executivo tenha sucesso é contrariar os impulsos primários dos partidos políticos da coligação para que não resvalem apenas para medidas susceptíveis de garantir a reeleição em 2015. Podem e devem resistir à tentação, a prioridade é Portugal. Importa sim corrigir as finanças públicas e reestruturar a economia e o Estado.
A imposição de medidas drásticas ditadas pelos acordos celebrados com o intuito de reduzir e corrigir o défice, vão naturalmente provocar convulsões sociais gravíssimas. O novo governo deverá estar preparado na antevisão de soluções, tendo consciência de que estas nunca anularão na totalidade a sua falta de popularidade. Por isso a escolha para a pasta da administração interna terá de acertada e concertada, pois este será o rosto da luta contra a contestação do que nos espera.
O ajustamento exigido ao país é o maior dos 37 anos de existência da democracia portuguesa. Assistimos entre 2008 e 2011 a um recuar do PIB em 5,2%, não existindo registo de uma situação como esta desde o 25 de Abril.
Evitar a todo o custo a implosão social deverá ser uma prioridade, mesmo sabendo que os eleitores escolheram em consciência o caminho mais difícil, depois de terem escolhido o caminho mais fácil em 2009 com a reeleição do José Sócrates que nos encaminhou para a actual situação.
Apesar de sermos um povo, por tradição, de brandos costumes temos de saber canalizar o nosso descontentamento de uma forma inteligente não dando nada como adquirido, ter sempre presentes as dificuldades envolvidas não as menosprezando e acercando-nos de um optimismo atento e consciente.
Os indivíduos quando confrontados com situações inesperadas tendem a reagir de uma forma desordenada, com atitudes improvisadas que em vez de contribuírem para o sucesso acabam por precipitar o provável insucesso.
Foi nos dada uma última oportunidade, a experiência mostra-nos que não podemos voltar a arriscar tudo na esperança que a “sorte” se repita.
Lisboa, 17 de Junho de 2011.
Nuno Serra Pereira