
Vai fazer no dia 22, precisamente 100 anos o saudoso escudo, símbolo outrora de soberania. O escudo foi criado em 22 de Maio de 1911, cinco meses após a Proclamação da República, por decreto do Governo Provisório. O ministro das Finanças era, então, José Relvas. A nova moeda renovou o sistema monetário português, colocou a unidade monetária portuguesa ao nível das dos outros países e evitou as desvantagens práticas do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao emprego de grande número de algarismos para representar na escrita uma quantia. Assim, a taxa de conversão foi fixada em mil réis (reais).
E que prenda melhor do que a apresentação do relatório anual do Banco de Portugal referente principalmente a 2010. Aconselho a todos os interessados incluindo o Eng. José Sócrates que faça uma leitura do documento disponibilizado no site do Banco de Portugal. Está lá tudo avaliação e recomendações de uma imparcial e objectiva, aliás como deverá ser a leitura e actuação desta instituição. Tempos diferentes estes da governação do Dr. Carlos Costa.
Muito longe, de facto, do tempo do Dr. Victor Constâncio em que alimentava as previsões irrealistas que os governos inscreviam nos seus Orçamentos de Estado, para que meses depois as previsões do Banco de Portugal revissem em baixa todos os números desses mesmos executivos, não hostilizando deste modo quem estivesse no poder. Se tivesse sido mais previdente e respeitador da instituição a que presidia, talvez pudesse ter aliviado os contribuintes de terem de pagar, pelo menos, 2,250 mil milhões de euros (BPN+BPP) e que por imposição da Comunidade Europeia acabaram por ser contabilizadas nas contas de 2010.
Portugal tem hoje um défice externo de 10% do PIB e o inefável Dr. Victor Constâncio carimbou com a sua incompetência as políticas da última década.
A sua enorme sapiência e a sua visão acutilante da economia infelizmente vai continuar a perdurar e de algum modo a influenciar os desígnios nacionais, através da sua nomeação para vice-presidente do Banco Central Europeu. Mais uma vez o lugar certo para se estar, visto que em 2000 na transição do escudo para o euro defendia que sem moeda própria não voltaríamos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado, negando a existência de um problema monetário macroeconómico não havendo portanto necessidade de tomar medidas restritivas de ajustamento. A realidade pelos vistos era outra.
Resta-nos a alegria e a esperança de que quem governa o Banco de Portugal tenha finalmente acendido uma vela ao fundo do túnel na dignificação do funcionamento das instituições públicas nacionais.
Lisboa, 19 de Maio de 2011.
Nuno Serra Pereira
E que prenda melhor do que a apresentação do relatório anual do Banco de Portugal referente principalmente a 2010. Aconselho a todos os interessados incluindo o Eng. José Sócrates que faça uma leitura do documento disponibilizado no site do Banco de Portugal. Está lá tudo avaliação e recomendações de uma imparcial e objectiva, aliás como deverá ser a leitura e actuação desta instituição. Tempos diferentes estes da governação do Dr. Carlos Costa.
Muito longe, de facto, do tempo do Dr. Victor Constâncio em que alimentava as previsões irrealistas que os governos inscreviam nos seus Orçamentos de Estado, para que meses depois as previsões do Banco de Portugal revissem em baixa todos os números desses mesmos executivos, não hostilizando deste modo quem estivesse no poder. Se tivesse sido mais previdente e respeitador da instituição a que presidia, talvez pudesse ter aliviado os contribuintes de terem de pagar, pelo menos, 2,250 mil milhões de euros (BPN+BPP) e que por imposição da Comunidade Europeia acabaram por ser contabilizadas nas contas de 2010.
Portugal tem hoje um défice externo de 10% do PIB e o inefável Dr. Victor Constâncio carimbou com a sua incompetência as políticas da última década.
A sua enorme sapiência e a sua visão acutilante da economia infelizmente vai continuar a perdurar e de algum modo a influenciar os desígnios nacionais, através da sua nomeação para vice-presidente do Banco Central Europeu. Mais uma vez o lugar certo para se estar, visto que em 2000 na transição do escudo para o euro defendia que sem moeda própria não voltaríamos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado, negando a existência de um problema monetário macroeconómico não havendo portanto necessidade de tomar medidas restritivas de ajustamento. A realidade pelos vistos era outra.
Resta-nos a alegria e a esperança de que quem governa o Banco de Portugal tenha finalmente acendido uma vela ao fundo do túnel na dignificação do funcionamento das instituições públicas nacionais.
Lisboa, 19 de Maio de 2011.
Nuno Serra Pereira