
Não sendo pouco todo este conjunto de atribuições e potencialidades podem os museus ainda contribuir e com um peso significativo para o desenvolvimento económico-social aos níveis local, regional e nacional. Devidamente enquadrados numa rede funcional, em estratégias no âmbito do turismo cultural e de parcerias sólidas com entidades como escolas, universidades, ipss, entre tantas outras instituições do tecido social e económico podem fazer a diferença pela positiva e fazer crescer, entre outros vectores, o emprego e toda uma economia tendo por base o museu como pólo de desenvolvimento. O sector cultural e criativo, em diversas variantes e valências, é um factor de criação de riqueza(s).
É por estes motivos que todos, em particular aqueles que têm responsabilidades acrescidas na sociedade, nomeadamente políticas, devem ver com outros olhos e agir de outra forma para com estas instituições. Os tempos são de crise. Mas a dita crise deve levar-nos precisamente a vislumbrar esta realidade como uma panóplia de oportunidades e não como um peso ou um fardo para o Estado.
Se num próximo governo, que deve ser adaptado naturalmente às circunstâncias gerais actuais, a tutela da cultura passar a ser uma secretaria de Estado na dependência directa do Primeiro-Ministro, ideia partilhada de resto pelo CDS-PP e pelo PPD/PSD, não devemos vê-la como um retrocesso civilizacional, como já foi avançado pela actual ministra da pasta. Pode ser benéfico para o próprio sector, desde que o orçamento e as equipas afectas sejam dignas, suficientes e competentes para gerir as matérias e projectos em questão, não devendo desviar-se da prioridade atribuída ao património cultural, incluindo necessariamente os museus.
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