
O empréstimo agora negociado com a EU/FMI terá um efeito de estabilização das taxas de juro que o país não conseguiria se continuasse a tentar o financiamento nos mercados. Permite ganhar tempo para fazer as reformas necessárias que com muito empenhamento e convicção, devolverão ao país o tão desejado crescimento económico.
A relação entre juros altos e crescimento económico baixo torna-se neste momento no cerne da questão. O crescimento do rácio da dívida em relação ao PIB tem de ser menor que a diferença entre a taxa de juro e a taxa de crescimento bruto. Se os juros agora fixados entre 5,5% e 6% (inferiores, sem dúvida, ao que andávamos a pagar nos mercados), na realidade traduz-se que no mínimo a taxa de crescimento terá ser igual ou superior para que não aumente o défice público. Se isto não entrar no consciente dos dirigentes que forem eleitos dia 5 de Junho, preparem-se para ver mais do mesmo com a agravante de que não vai haver mais nenhuma oportunidade.
Torna-se necessário que os programas de governo de cada candidato, devidamente enquadrados ideologicamente, mostrem de uma forma bem clara e transparente os meios para atingir os fins. Deixo uma ideia, aproveitem e retirem o modelo apresentado pelo “triunvirato”, um documento conciso com datas e montantes fixados para cada objectivo, bastando que cada candidato adicione os meios para os concretizar. A hora não é de agradar a todos é sim de coragem política e de empenho e acima de tudo de verdade.
Os partidos do arco governativo têm hoje um espaço de manobra mínimo se quiserem cumprir o acordo. Mas ao mesmo tempo, o espaço de reacção popular à tentativa de forçar uma difícil mudança de vida será sempre grande. Os portugueses têm de perceber que o reflexo das suas acções influência a produtividade e o crescimento económico. O discurso dos dirigentes sindicais também deverá ser outro sob pena de ver a sua renovação política mais cedo ou mais tarde acontecer. As contestações sociais vêm ai por isso apela-se à criatividade nas formas como as poderão e devem fazer de modo a contribuírem proactivamente para as soluções que se possam vir a encontrar.
Peço desculpa pelo trocadilho do titulo mas penso que faz mais sentido no contexto actual, deixemos de explicações menos claras e vamos ao que interessa!
Lisboa 15, de Maio de 2011.
Nuno Serra Pereira
A relação entre juros altos e crescimento económico baixo torna-se neste momento no cerne da questão. O crescimento do rácio da dívida em relação ao PIB tem de ser menor que a diferença entre a taxa de juro e a taxa de crescimento bruto. Se os juros agora fixados entre 5,5% e 6% (inferiores, sem dúvida, ao que andávamos a pagar nos mercados), na realidade traduz-se que no mínimo a taxa de crescimento terá ser igual ou superior para que não aumente o défice público. Se isto não entrar no consciente dos dirigentes que forem eleitos dia 5 de Junho, preparem-se para ver mais do mesmo com a agravante de que não vai haver mais nenhuma oportunidade.
Torna-se necessário que os programas de governo de cada candidato, devidamente enquadrados ideologicamente, mostrem de uma forma bem clara e transparente os meios para atingir os fins. Deixo uma ideia, aproveitem e retirem o modelo apresentado pelo “triunvirato”, um documento conciso com datas e montantes fixados para cada objectivo, bastando que cada candidato adicione os meios para os concretizar. A hora não é de agradar a todos é sim de coragem política e de empenho e acima de tudo de verdade.
Os partidos do arco governativo têm hoje um espaço de manobra mínimo se quiserem cumprir o acordo. Mas ao mesmo tempo, o espaço de reacção popular à tentativa de forçar uma difícil mudança de vida será sempre grande. Os portugueses têm de perceber que o reflexo das suas acções influência a produtividade e o crescimento económico. O discurso dos dirigentes sindicais também deverá ser outro sob pena de ver a sua renovação política mais cedo ou mais tarde acontecer. As contestações sociais vêm ai por isso apela-se à criatividade nas formas como as poderão e devem fazer de modo a contribuírem proactivamente para as soluções que se possam vir a encontrar.
Peço desculpa pelo trocadilho do titulo mas penso que faz mais sentido no contexto actual, deixemos de explicações menos claras e vamos ao que interessa!
Lisboa 15, de Maio de 2011.
Nuno Serra Pereira
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