
Quando falamos em problemas estruturais dos países deveríamos começar pela génesis, abordando o problema da decadência demográfica. Portugal tem a taxa de fertilidade mais baixa da Europa ocidental, quase metade do nível de reposição geracional.
A crise torna essa queda mais patente com o refluxo da imigração, que mascarou a situação, agravado pela retoma da emigração. A ausência de crianças e jovens, que afecta o sistema educativo há anos, sente-se já em múltiplas outras áreas. O problema da falta de produtividade, envelhecimento da população, problemas de financiamento da segurança social, da saúde, falhas e incapacidade na assistência à população, são cada vez mais crescentes. Até a solução da dívida, poupar mais e trabalhar melhor, fica difícil num país com percentagem crescente de idosos. Temos a atenção centrada na solução das futuras condições socioeconómicas, sem haver sequer um plano que aposte e sustente um futuro demográfico.
Nos últimos anos o Governo teve uma posição clara e empenhada neste assunto, com decisões fortes e incisivas. Facilitou o divórcio, subsidiou o aborto, promoveu o casamento homossexual, criando assim a mais maciça campanha de ataque e desmantelamento da família da nossa história. Dados os resultados, pode dizer-se que, pelo menos aqui, a política governamental foi um grande sucesso e o Executivo pode orgulhar-se. Dando mesmo cabo do País!
Invocando o argumento da liberdade, sobre a protecção do liberalismo social, foram-se delapidando valores supremos e intocáveis, base de uma sociedade sólida e conservadora. Valores como a família fazem hoje parte de um imaginário longínquo, de um saudosismo arrebatador. A família como unidade social enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo apenas ao nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais de unidade e perpetuação fraternal.
Só numa sociedade estável do ponto de vista familiar se pode promover a par de condições económicas favoráveis o incentivo demográfico necessário ao crescimento e à produtividade do país.
Lisboa, 1 de Junho de 2011.
Nuno Serra Pereira
A crise torna essa queda mais patente com o refluxo da imigração, que mascarou a situação, agravado pela retoma da emigração. A ausência de crianças e jovens, que afecta o sistema educativo há anos, sente-se já em múltiplas outras áreas. O problema da falta de produtividade, envelhecimento da população, problemas de financiamento da segurança social, da saúde, falhas e incapacidade na assistência à população, são cada vez mais crescentes. Até a solução da dívida, poupar mais e trabalhar melhor, fica difícil num país com percentagem crescente de idosos. Temos a atenção centrada na solução das futuras condições socioeconómicas, sem haver sequer um plano que aposte e sustente um futuro demográfico.
Nos últimos anos o Governo teve uma posição clara e empenhada neste assunto, com decisões fortes e incisivas. Facilitou o divórcio, subsidiou o aborto, promoveu o casamento homossexual, criando assim a mais maciça campanha de ataque e desmantelamento da família da nossa história. Dados os resultados, pode dizer-se que, pelo menos aqui, a política governamental foi um grande sucesso e o Executivo pode orgulhar-se. Dando mesmo cabo do País!
Invocando o argumento da liberdade, sobre a protecção do liberalismo social, foram-se delapidando valores supremos e intocáveis, base de uma sociedade sólida e conservadora. Valores como a família fazem hoje parte de um imaginário longínquo, de um saudosismo arrebatador. A família como unidade social enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo apenas ao nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais de unidade e perpetuação fraternal.
Só numa sociedade estável do ponto de vista familiar se pode promover a par de condições económicas favoráveis o incentivo demográfico necessário ao crescimento e à produtividade do país.
Lisboa, 1 de Junho de 2011.
Nuno Serra Pereira
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